quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Projeto ConViver vai para Universidade e entra na Roda de Conversa

Prezados companheiros de Classe,
Alunos da PUC Minas Arcos Enfermagem 5p

Conforme combinado fiquei de enviar os textos das aulas através do blog, mas felizmente já recebi a senha do SGA e portanto os texto já se encontram lá.

Aproveite o acesso e fique por dentro do Projeto ConViver e perceba que o que conversamos em sala de aula é possível fazer na prática. Dá trabalho, mas quem sonha alto pode ajudar a construir um mundo melhor.
Desejo que sejam sujetos ativos na história do mundo e lembre sempre
DE QUE LADO VOCES ESTAO?

Abraços a tod@s e bom final de semana.

att

Leonardo dos Santos
Professor de Saúde Mental e Psiquiatria

quarta-feira, 21 de maio de 2008

18 de Maio. Dia Nacional da Luta Antimanicomial

O Serviço de Saúde Mental do Município de Lagoa da Prata, na última sexta-feria dia 16 de maio participou do desfile que marca o dia 18 de maio, data que refere-se o dia Nacional da Luta antimanicomial. O Evento foi realizado na Praça Sete em Belo Horizonte no período da tarde. Este data foi escolhida pelo Movimento da Reforma Psiquiátrica para que nacionalmente os serviços e a própria sociedade se mobilizasse pela mudança na forma de abordagem e tratamento aos portadores de transtornos mentais. O CAPS de Lagoa da Prata teve uma participação ativa no evento com a presença de mais de 40 usuários e profissionais.
O movimento e o dia nacional da luta antimanicomial foram criados, em 1987, por profissionais, familiares e usuários dos serviços de atendimento às pessoas acometidas de transtornos psíquicos, inconformados com o fracasso e a desumanidade do “tratamento” então praticado nos manicômios. Nestes enormes hospitais psiquiátricos, na sua grande maioria particulares e pagos pelo Ministério da Saúde, os “loucos” eram isolados da sociedade, neles residiam durante anos, eram medicados, submetidos a choques, lobotomias, maltratados, desrespeitados, anulados, separados e excluídos do convívio social.
"Quando chegar o momento
de vocês deixarem o mundo,
não tenham a preocupação de terem sido bons.
Isto não pe o bastante !
Deixem o mundo bom !
Brecht

domingo, 4 de maio de 2008

Uso irracional de psicotrópicos se torna problema de Saúde Pública


Durantes pesquisas realizadas em Lagoa da Prata foi constatado que a utilização de medicamento controlados, como calmantes e antidepressivos, aumentou de forma preocupante nos últimos meses. Fato que incentiva profissionais da área a buscarem novas formas de amenizar o problema e conscientizar a população sobre os riscos do uso desenfreado de psicotrópicos.

Segundo o enfermeiro Leonardo Luiz dos Santos o consumo de medicamento controlado no município é relevante devido seu aumento, as pesquisas foram constatados que estes medicamentos são os segundo mais utilizados pela população, perdendo apenas para os anti-hipetensivos. “Lagoa da Prata se destaca entre as cidades da região que mais consomem medicamentos controlados e isso é um ponto preocupante para nós que integramos a saúde mental do município”, afirma.

PERIGO

O psiquiatra Guilherme Araújo alega que as principais causas do problema estão ligadas a falta de informação da população e irregularidade do sistema e as conseqüências desse alto consumo podem ser irreversíveis. “O uso errado ou abusivo de psicotrópicos são influenciados por muitas pessoas que conseguem e repassam sem prescrição médica adequada, o que causa dependência perigosa do remédio. A facilidade de conseguir um medicamento controlado e a forma inconseqüente de como isso é feito pode levar a efeitos colaterais graves. A população precisa tomar conhecimento dessas questões e evitar qualquer transtorno que possa ocorrer”, declara Araújo.

SOLUÇÂO SAUDÀVEL

Com a intenção de diminuir esse quadro alguns projetos já foram implantados no município. Atendendo terapeuticamente a população que recorre a tratamentos como a depressão e consequentemente, diminuindo o uso de medicamentos controlados. “ A partir de ações como o Projeto Conviver realizado com a apoio da Secretaria Municipal de Saúde estamos desenvolvendo novos métodos que enfrenta esse problema e oferece ações complementares no tratamento as pessoas que sofrem de insônia, ansiedade, nervosismo, solidão e tristeza. Além disso estamos incentivando as pessoas a buscarem outras formas de adquirir saúde mental com a dança, teatro, ioga e que restabeleça o bem estar pessoal e a vida social do indivíduo na tentativa de diminuir o consumo de psicotrópicos”, completa Santos que coordena o Projeto Conviver nos PSF´s da cidade.



Fonte: Jornal Última Hora. Matéria Publicada em 24 de abril de 2008.

terça-feira, 15 de abril de 2008

Projeto ConViver é aprovado em Congresso Brasileiro de Medicina

Desde sua idealização em fevereiro de 2007 o Projeto vem a partir de suas ações produzindo conhecimento. E neste ano fomos reconhecidos com a aprovação do Projeto no 9º Congresso Brasileiro de Medicina de Família e Comunidade e I Simpósio Internacional de Ensino-Aprendizagem em MFC & APS que acontecerá nos dias 01 a 04 de maio em Fortaleza - CE.

Momento de alegria pois teremos a oportunidade de mostrar ao Brasil nossa experiência e o conhecimento que estamos produzindo no cotidiano do SUS. Quando há idéias e persistência, consegue-se construir na prática a saúde pública que sonhamos.

Site do Congresso: www.sbmfc.org.br/congresso2008

segunda-feira, 14 de abril de 2008

A ideologia do Projeto ConViver em Imagens.




Deixe a imagem expressar algo que as vezes se torna difícil escrever











A comunidade também é parceira da Projeto. A união de diversos atores sociais (comunidade, associações e serviço público) é uma importante estratégia de ação e que mantém firme as ações cotidianas. Os conhecimentos adquirido durante o tratamento no CAPS pelo paciente agora é transmitido a população por eles mesmo, como em um processo de evolução. Antes eram aprendizes e agora se torna colaboradores do projeto, pessoas que antes se econtrava em momentos de depressão se sentindo inúteis agora tem algo pra contribiur ao próximo. O que podemos pensar na resignificação da doença mental e na sua capacidade de contribuir para a construção da subjetividade.





Momento em que o Projeto envolve os Profissionais das Unidades de Saúde da Família e em alguns instantes podemos flagrar a resignificação do profissional médico. Profissão que culturalmente está destinada a tratar de doentes e que tem como loco de trabalho o consultório se resignifica no sentido de intervir e promover a saúde mental. A imagem retrata o ato em que o profissional troca a caneta e o receituário por uma ação comunitária.








Dinâmica de lançamento do Projeto na Comunidade. A cosntrução da rede social solidária, momento onde pode-se mostrar para cada sujeito que não estamos só nesse mundo e que poder contar com alguém é algo terapêutico para a mente. A solidão e a insegurança já roubou muitas noites de sono destes cidadãos. Unidade de Saúde da Família - Bairro Américo Silva I




Grupo de Convivência na Comunidade do Bairro Monsenhor Alfredo. A possibilida de aprender algo que a vida ainda não tinha lhe dado a oportunidade. O novo desperta a mente e traz a satisfação de que a vida não acaba quando já se criou os filhos. A descoberta traz a cada um o sabor de que vale a pena viver para sentir novamente o gosto da descoberta. Nesta foto podemos ver pacientes do CAPS que retorna a comunidade de onde vieram para se inserir novamente. A resinserção social realizado com a convivência.




















domingo, 13 de abril de 2008


Projeto ConViver

Promoção de Saúde Mental na Atenção Primária



Para a Organização Mundial de Saúde - OMS, a saúde é um estado de completo bem-estar físico, mental e social que não se caracteriza pela ausência de doença. Atualmente convivemos com uma estrutura social que para muitos é considerada adoecedora e que promove diversos transtornos físicos e mentais. Na rotina do sistema de saúde, a população tenta resolver “magicamente”, em consultas rápidas, as ansiedades e as dificuldades emocionais, sem confrontá-las abertamente. Vemos que a medicalização acaba por “entorpecer” os problemas sociais e psicológicos daqueles que buscam ajuda profissional para solucioná-los.
O projeto Conviver é desenvolvido no município de Lagoa da Prata, localizado na região Centro-Oeste do Estado de Minas Gerais e tem como objetivo promover a saúde mental nas comunidades e oferecer alternativas de tratamento às pessoas portadoras e com risco de desenvolver transtornos mentais.Através de atividades artesanais, educativas e de lazer os profissionais das equipes de Saúde da Família reúnem a população em grupos de convivência em locais públicos da própria comunidade. Os pacientes são acompanhados pela equipe de saúde da família a partir do momento que iniciam a freqüência nos grupos. O projeto se destina a pacientes encaminhados pelos médicos das unidades básicas que os procuram com queixa de solidão, insônia, nervosismo e tristeza, e também a população dependente de medicamentos chamados “benzodiazepínicos”.
Um dos grandes resultados do projeto foi à criação de uma alternativa de tratamento a estes pacientes, pois antes o profissional tinha somente o medicamento como instrumento de intervenção. Outro resultado significante foi à vinculação dos pacientes que estavam sendo acompanhados pelo Centro de Apoio Psico Social – CAPS e encontrava-se em alta com a comunidade, assim foi possível evitar recaídas e promover a reinserção social dos usuários, além de promover a aproximação dos serviços de atenção primária e secundária.
A partir das pesquisas realizadas no projeto conseguimos perceber a importância de toda a equipe de atenção primária intervir e promover a saúde mental na comunidade, já que, na atual conjuntura o profissional encontra-se com uma visão reducionista do sujeito. Outra importante conclusão é que a convivência foi percebida pelos pacientes como uma potente alternativa na promoção de saúde mental e no tratamento de transtornos mentais leves, devendo assim ter um engajamento da equipe profissional através de uma visão integral do
1. Palavra Chave:
Promoção de Saúde, Saúde Mental, Atenção Básica