quarta-feira, 21 de maio de 2008

18 de Maio. Dia Nacional da Luta Antimanicomial

O Serviço de Saúde Mental do Município de Lagoa da Prata, na última sexta-feria dia 16 de maio participou do desfile que marca o dia 18 de maio, data que refere-se o dia Nacional da Luta antimanicomial. O Evento foi realizado na Praça Sete em Belo Horizonte no período da tarde. Este data foi escolhida pelo Movimento da Reforma Psiquiátrica para que nacionalmente os serviços e a própria sociedade se mobilizasse pela mudança na forma de abordagem e tratamento aos portadores de transtornos mentais. O CAPS de Lagoa da Prata teve uma participação ativa no evento com a presença de mais de 40 usuários e profissionais.
O movimento e o dia nacional da luta antimanicomial foram criados, em 1987, por profissionais, familiares e usuários dos serviços de atendimento às pessoas acometidas de transtornos psíquicos, inconformados com o fracasso e a desumanidade do “tratamento” então praticado nos manicômios. Nestes enormes hospitais psiquiátricos, na sua grande maioria particulares e pagos pelo Ministério da Saúde, os “loucos” eram isolados da sociedade, neles residiam durante anos, eram medicados, submetidos a choques, lobotomias, maltratados, desrespeitados, anulados, separados e excluídos do convívio social.
"Quando chegar o momento
de vocês deixarem o mundo,
não tenham a preocupação de terem sido bons.
Isto não pe o bastante !
Deixem o mundo bom !
Brecht

domingo, 4 de maio de 2008

Uso irracional de psicotrópicos se torna problema de Saúde Pública


Durantes pesquisas realizadas em Lagoa da Prata foi constatado que a utilização de medicamento controlados, como calmantes e antidepressivos, aumentou de forma preocupante nos últimos meses. Fato que incentiva profissionais da área a buscarem novas formas de amenizar o problema e conscientizar a população sobre os riscos do uso desenfreado de psicotrópicos.

Segundo o enfermeiro Leonardo Luiz dos Santos o consumo de medicamento controlado no município é relevante devido seu aumento, as pesquisas foram constatados que estes medicamentos são os segundo mais utilizados pela população, perdendo apenas para os anti-hipetensivos. “Lagoa da Prata se destaca entre as cidades da região que mais consomem medicamentos controlados e isso é um ponto preocupante para nós que integramos a saúde mental do município”, afirma.

PERIGO

O psiquiatra Guilherme Araújo alega que as principais causas do problema estão ligadas a falta de informação da população e irregularidade do sistema e as conseqüências desse alto consumo podem ser irreversíveis. “O uso errado ou abusivo de psicotrópicos são influenciados por muitas pessoas que conseguem e repassam sem prescrição médica adequada, o que causa dependência perigosa do remédio. A facilidade de conseguir um medicamento controlado e a forma inconseqüente de como isso é feito pode levar a efeitos colaterais graves. A população precisa tomar conhecimento dessas questões e evitar qualquer transtorno que possa ocorrer”, declara Araújo.

SOLUÇÂO SAUDÀVEL

Com a intenção de diminuir esse quadro alguns projetos já foram implantados no município. Atendendo terapeuticamente a população que recorre a tratamentos como a depressão e consequentemente, diminuindo o uso de medicamentos controlados. “ A partir de ações como o Projeto Conviver realizado com a apoio da Secretaria Municipal de Saúde estamos desenvolvendo novos métodos que enfrenta esse problema e oferece ações complementares no tratamento as pessoas que sofrem de insônia, ansiedade, nervosismo, solidão e tristeza. Além disso estamos incentivando as pessoas a buscarem outras formas de adquirir saúde mental com a dança, teatro, ioga e que restabeleça o bem estar pessoal e a vida social do indivíduo na tentativa de diminuir o consumo de psicotrópicos”, completa Santos que coordena o Projeto Conviver nos PSF´s da cidade.



Fonte: Jornal Última Hora. Matéria Publicada em 24 de abril de 2008.

terça-feira, 15 de abril de 2008

Projeto ConViver é aprovado em Congresso Brasileiro de Medicina

Desde sua idealização em fevereiro de 2007 o Projeto vem a partir de suas ações produzindo conhecimento. E neste ano fomos reconhecidos com a aprovação do Projeto no 9º Congresso Brasileiro de Medicina de Família e Comunidade e I Simpósio Internacional de Ensino-Aprendizagem em MFC & APS que acontecerá nos dias 01 a 04 de maio em Fortaleza - CE.

Momento de alegria pois teremos a oportunidade de mostrar ao Brasil nossa experiência e o conhecimento que estamos produzindo no cotidiano do SUS. Quando há idéias e persistência, consegue-se construir na prática a saúde pública que sonhamos.

Site do Congresso: www.sbmfc.org.br/congresso2008

segunda-feira, 14 de abril de 2008

A ideologia do Projeto ConViver em Imagens.




Deixe a imagem expressar algo que as vezes se torna difícil escrever











A comunidade também é parceira da Projeto. A união de diversos atores sociais (comunidade, associações e serviço público) é uma importante estratégia de ação e que mantém firme as ações cotidianas. Os conhecimentos adquirido durante o tratamento no CAPS pelo paciente agora é transmitido a população por eles mesmo, como em um processo de evolução. Antes eram aprendizes e agora se torna colaboradores do projeto, pessoas que antes se econtrava em momentos de depressão se sentindo inúteis agora tem algo pra contribiur ao próximo. O que podemos pensar na resignificação da doença mental e na sua capacidade de contribuir para a construção da subjetividade.





Momento em que o Projeto envolve os Profissionais das Unidades de Saúde da Família e em alguns instantes podemos flagrar a resignificação do profissional médico. Profissão que culturalmente está destinada a tratar de doentes e que tem como loco de trabalho o consultório se resignifica no sentido de intervir e promover a saúde mental. A imagem retrata o ato em que o profissional troca a caneta e o receituário por uma ação comunitária.








Dinâmica de lançamento do Projeto na Comunidade. A cosntrução da rede social solidária, momento onde pode-se mostrar para cada sujeito que não estamos só nesse mundo e que poder contar com alguém é algo terapêutico para a mente. A solidão e a insegurança já roubou muitas noites de sono destes cidadãos. Unidade de Saúde da Família - Bairro Américo Silva I




Grupo de Convivência na Comunidade do Bairro Monsenhor Alfredo. A possibilida de aprender algo que a vida ainda não tinha lhe dado a oportunidade. O novo desperta a mente e traz a satisfação de que a vida não acaba quando já se criou os filhos. A descoberta traz a cada um o sabor de que vale a pena viver para sentir novamente o gosto da descoberta. Nesta foto podemos ver pacientes do CAPS que retorna a comunidade de onde vieram para se inserir novamente. A resinserção social realizado com a convivência.




















domingo, 13 de abril de 2008


Projeto ConViver

Promoção de Saúde Mental na Atenção Primária



Para a Organização Mundial de Saúde - OMS, a saúde é um estado de completo bem-estar físico, mental e social que não se caracteriza pela ausência de doença. Atualmente convivemos com uma estrutura social que para muitos é considerada adoecedora e que promove diversos transtornos físicos e mentais. Na rotina do sistema de saúde, a população tenta resolver “magicamente”, em consultas rápidas, as ansiedades e as dificuldades emocionais, sem confrontá-las abertamente. Vemos que a medicalização acaba por “entorpecer” os problemas sociais e psicológicos daqueles que buscam ajuda profissional para solucioná-los.
O projeto Conviver é desenvolvido no município de Lagoa da Prata, localizado na região Centro-Oeste do Estado de Minas Gerais e tem como objetivo promover a saúde mental nas comunidades e oferecer alternativas de tratamento às pessoas portadoras e com risco de desenvolver transtornos mentais.Através de atividades artesanais, educativas e de lazer os profissionais das equipes de Saúde da Família reúnem a população em grupos de convivência em locais públicos da própria comunidade. Os pacientes são acompanhados pela equipe de saúde da família a partir do momento que iniciam a freqüência nos grupos. O projeto se destina a pacientes encaminhados pelos médicos das unidades básicas que os procuram com queixa de solidão, insônia, nervosismo e tristeza, e também a população dependente de medicamentos chamados “benzodiazepínicos”.
Um dos grandes resultados do projeto foi à criação de uma alternativa de tratamento a estes pacientes, pois antes o profissional tinha somente o medicamento como instrumento de intervenção. Outro resultado significante foi à vinculação dos pacientes que estavam sendo acompanhados pelo Centro de Apoio Psico Social – CAPS e encontrava-se em alta com a comunidade, assim foi possível evitar recaídas e promover a reinserção social dos usuários, além de promover a aproximação dos serviços de atenção primária e secundária.
A partir das pesquisas realizadas no projeto conseguimos perceber a importância de toda a equipe de atenção primária intervir e promover a saúde mental na comunidade, já que, na atual conjuntura o profissional encontra-se com uma visão reducionista do sujeito. Outra importante conclusão é que a convivência foi percebida pelos pacientes como uma potente alternativa na promoção de saúde mental e no tratamento de transtornos mentais leves, devendo assim ter um engajamento da equipe profissional através de uma visão integral do
1. Palavra Chave:
Promoção de Saúde, Saúde Mental, Atenção Básica